domingo, 15 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

Iniciação

A tardia participação neste espaço da minha parte está inerente a uma reflexão pessoal que tive que fazer. Pensei até que ponto serei eu uma relativista. Após alguns momentos com o meu pensamento cheguei à conclusão que no fundo todos somos e não somos relativos e, por isso mesmo, até o facto de ser relativo acaba por ser relativo. Perdoem as redundâncias mas é a única maneira que encontro de me expressar. Julgo que apesar de ter o meu lado de "relatividade" embora equacione sérias dúvidas à teoria (filosoficamente falando), não sou de forma alguma moderada. Tenho ideias que não enquadro no campo daquilo que são as ideias das pessoas "moderadas". Sou de acção não de especulação, operativa acima de tudo e sinceramente espero que os landmarks da minha existência pessoal me continuem a guiar no caminho da não especulação dado que, quer queiramos quer não, os moderados demoram tempo de mais a decidir e têm medo ao risco. Essa "riscofobia" acaba por não entrar naquilo que é a minha forma de pensar. É evidente que existem situações em que a moderação deve ser chave de consenso mas na maioria dos casos as posições radicais e de corte total com o estabelecido são aquelas que conseguem sempre ir mais além.

Não acredito de forma alguma em teorias que dizem que nunca existem cortes totais em nada. A esses chamo mentirosos...moderados.

Uma abordagem com toda a polémica cheia de simbologia para que me torturem intelectualmente neste espaço.

sábado, 7 de novembro de 2009

Relativismo Cultural

"Cada vez que nós somos levados a qualificar uma cultura humana de inerte ou estacionária devemos então nos perguntar se este imobilismo aparente não resulta da ignorância na qual nós estamos sobre seus interesses verdadeiros, conscientes ou inconscientes, e se, tendo critérios diferentes dos nossos, se esta cultura não é, em relação a nós, vítima da mesma ilusão.

A civilização ocidental é inteiramente voltada, há dois ou três séculos, para a disponibilização para o homem de meios mecânicos cada vez mais possantes. Se se adota este critério, faremos da quantidade de energia disponível por habitante a expressão do maior ou menor grau de desenvolvimento das sociedades humanas. A civilização ocidental, sob sua forma norte-americana, ocuparia o primeiro lugar, as sociedades européias viriam em seguida, e no fim da fila, uma massa de sociedades asiáticas e africanas, que se tornariam rapidamente indistintas...

...Se o critério adotado tivesse sido o grau de aptidão a vencer os meios geográficos mais hostis, não há dúvida que os esquimós, de um lado, e os beduinos do outro, seriam os vencedores..."

Race et Histoire,
Claude Lévi-Strauss (28/11/1908-30/10/2009)

Não é absolutamente a essência do relativismo cultural?