Encontrei este texto do grande humorista francês Raymond Devos sobre a dualidade certo/errado e achei interessante trazê-lo para este blog que trata do relativismo.
Certo ou Errado ?
Raymond Devos
"Nunca se sabe quem está certo e quem está errado.
É difícil julgar. Eu durante muito tempo
dei razão a todo mundo.
Até o dia em que percebi
Que a maioria das pessoas a quem eu dava razão estavam erradas !
Então, eu tinha razão !
Em consequência, estava errado !
Errado por dar razão às pessoas que cometiam o erro
de achar que elas tinham razão.
Quer dizer que eu, que não estava errado,
não tinha nenhuma razão para não achar que estavam erradas
as pessoas que acreditavam ter razão, já que elas o estavam !
Tenho razão, não? Pois se elas estavam erradas !
E além disso sem razão ! Neste ponto, eu insisto, porque ...
eu também, às vezes estou errado.
Mas quando estou errado, tenho minhas razões, que eu não forneço.
Isto significaria reconhecer que estou errado !!!
Tenho razão, não ? Vejam ... me acontece também
De dar razão à pessoas que tem razão.
Mas, isto também, está errado.
E como se eu achasse que estão erradas as pessoas que estão erradas.
Não há razão para isto !
Resumindo, eu acredito que estamos sempre errados por tentar
ter razão diante de todas as pessoas que tem
boas razões para acreditar que elas não estão erradas !"
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É muito relativo!
ResponderEliminarNoossaaa!!! Você está coberto de razão, seja você certo ou errado, ok?
ResponderEliminarAdorei!
Beijinhos
Elida
Muito bom texto ;)
ResponderEliminarNao me venham dizer que o certo e errado também é relativo...
ResponderEliminarJá é relativismo a mais!!
Ha coisas certas e erradas!!!
e isso é objectivo
Não podia discordar mais :P
ResponderEliminara alma submergida nos anjos da fodérica
ResponderEliminara objectividade francisco castelo branco é ela mesma pura relatividade. quando me explicarem o que é objectividade, aceitarei. o sujeito que produz a objectividade é ele já na essência subjectivo. produzir o oposto, é tremendamente duvidoso: direi que é uma aparência, um erro. a objectividade é o fenómeno, o númeno é a subjectividade.
ResponderEliminarAcho que definimos coisas certas e erradas para podermos viver em sociedade...mas a maioria delas é relativa. Por exemplo matar alguém é errado, mas em uma guerra é "certo" e mesmo heróico!
ResponderEliminarPenso que mesmo o "matar é errado" é relativo.
ResponderEliminarConta-se a história (provavelmente ficção) de que, numa escola alemã, no princípio do século passado, um rapaz apontou uma arma a um outro rapaz, dizendo que ele tinha de morrer ou muito mal iria trazer à humanidade. Mandaram chamar a polícia e esta levava o rapaz para um reformatório.
O outro rapaz, à cabeça do qual havia estado encostada uma arma, paralisado de medo, suava por todos os poros. Chamava-se Alfred Hitler.
;)
Francisco, isto mostra bem o relativismo do "certo e errado"... num periodo de meio século o fato de querer matar Hitler passou de "uma coisa de loucos" a um "ato de justiça". No caso a mudança de ponto de vista foi uma questão de tempo...mas o tempo também é relativo, segundo Einstein.
ResponderEliminarNao concordo.
ResponderEliminarsendo objectivo. Dificilmente se é relativo.
Ou se acredita no Certo ou Errado ou então andamos sempre a duvidar de todo e a questionar-nos.
É a duvida.
E no certo ou errado nao pode existir duvida.
Esses exemplos são dificeis de aceitar.
Verdade que Certo ou Errado depende do ponto de vista e do seu género.
Mas certo ou errado é objectividade. Mesmo que entre nós os pontos de vista sejam diferenciados.
Estar chuva ou sol também é objectividade.
Ser amarelo ou azul também.
Matar para mim é errado.
E penso que para a maioria das pessoas também o é.
Nao ha relatividade aqui
francisco: defines objectividade como estar à chuva? que tipo de objectividade é essa? um facto? ou é o sentir? então tudo o que se sente é objectivo, logo há imensas verdades objectivas. cada verdade é absoluta e objectiva para si mesmo.
ResponderEliminarObjectividad é estar à chuva sim.
ResponderEliminarÉ um facto mas tb um sentir..
O certo e Errado, para mim, não são sentires. Apenas factos
Que podem variar de pessoa para pessoa.
Mas sendo objectivos
Uh? Se variam de pessoa para pessoa não serão, então, subjectivos?
ResponderEliminarNao necessariamente.
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